Deficiências alimentares em ácidos gordos ómega-3 podem ser um factor de risco para o aparecimento de doenças mentais, revela um estudo publicado no Behavioral Neuroscience e citado pelo site Saúde na Internet.O estudo realizado em ratinhos por cientistas do National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism, nos EUA, refere que a falta de ácidos ómega-3 - ácido eicosapentaenóico (EPA) e ácido docosahexaenóico (DHA) - na dieta alimentar pode estar associada aos problemas no processamento de informação verificados em pessoas com afecções do sistema nervoso, incluindo esquizofrenia, doença bipolar, distúrbio obsessivo-compulsivo, distúrbios de atenção e hiperactividade.No estudo, liderado por Norman Salem, foi avaliada a função do sistema nervoso na prole de quatro grupos de cobaias grávidas que tinham sido alimentadas com diferentes dietas, com e sem ómega-3, ou com diversos tipos e quantidades de ómega-3.Para avaliar a função do sistema nervoso dos filhotes, os cientistas expuseram-nos a estímulos auditivos. Apenas os ratinhos alimentados com níveis adequados de DHA e EPA mostraram reacções normais, respondendo de forma significativamente mais calma aos ruídos estridentes, precedidos de sons suaves. Todos os animais dos outros grupos ficaram assustados com os sons.Em comunicado de imprensa, a autora do estudo reforça a mensagem de que nem todas as gorduras são más para a saúde e que devemos aumentar a ingestão de alimentos ricos em ómega-3. Mas este estudo também poderá ter implicações terapêuticas, dado que, por exemplo, ao saber-se que as pessoas com esquizofrenia têm níveis mais baixos de ácidos gordos essenciais, possivelmente decorrente de uma mutação genética que resulta na má metabolização destes nutrientes, poderá ser desenvolvido um fármaco que colmate este problema.
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