sábado, 15 de maio de 2010

Fenciclidina usada em estudo para tratamento da Esquizofrenia


Uma experiência efectuada com a substância fenciclidina pode abrir novas vias de tratamento para a Esquizofrenia, dado que a doença apresenta os mesmos sintomas que os provocados por esta substância química.

O artigo foi publicado na revista "Proceedings of National Academy of Sciences" (PNAS).
A pesquisa, realizada pelo Instituto de Pesquisas Biomédicas de Barcelona, descreve os efeitos da fenciclidina no cérebro de animais e as maneiras de anulá-los mediante o uso de fármacos antipsicóticos.

A fenciclidina anula quase completamente as ondas de baixa frequência que sincronizam os circuitos neuronais, dando lugar a uma desorganização da actividade normal do cérebro.

Após a administração da fenciclidina, os cientistas observaram como se originam as alucinações e as alterações cognitivas e como se revertem esses efeitos através da administração dos antipsicóticos haloperidol e clozapina.

O estudo demonstra ainda que a fenciclidina actua sobre o córtex pré-frontal, uma parte do cérebro que tem um papel importante nos processos cognitivos, de percepção e de planeamento do comportamento.

As alterações nos neurónios piramidais e no funcionamento normal do córtex pré-frontal produzidas pela fenciclidina poderiam explicar os mecanismos da Esquizofrenia e abrir caminho para sua cura total.

FONTE:http://portal.alert-online.com/noticias_de_saude/?key=680B3D50093A6A002E42140A321A2A5C0B683E0A7607527A645A72

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Cientistas produzem rato esquizofrénico para estudo



Uma equipe de pesquisadores alterou geneticamente ratos de laboratório que desenvolveram esquizofrenia para que os cientistas estudem melhor esse mal que afeta quase 1% dos humanos, segundo um artigo publicado hoje.
Akira Sawa e seus colaboradores na Escola de Medicina da Universidade John Hopkins, em Baltimore (Maryland), aproveitaram a descoberta feita há poucos anos que um gene, chamado de DISC1, aumenta substancialmente o risco do transtorno mental sofrido por mais de 2 milhões de pessoas nos Estados Unidos.
Ao contrário dos estudos feitos anteriormente com animais, e que usaram drogas para simular as manifestações da esquizofrenia, como as alucinações, mudanças de estado de ânimo e paranóia, estes ratos tiveram uma mudança genética relevante para o transtorno.
Sawa e seus colegas trabalharam sabendo que o gene, cuja sigla corresponde às palavras em inglês para "transtornado em esquizofrenia", fabrica uma proteína que ajuda as células nervosas assumirem sua posição apropriada no cérebro.
O cientista é professor de psiquiatria e neurologia e diretor do programa de psiquiatria molecular.
O artigo publicado pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences, explica que os pesquisadores geraram ratos que fabricam uma forma incompleta e curta da proteína DISC1, além disso, do tipo regular.
A forma abreviada da proteína adere à completa, e modifica seu funcionamento normal.
Quando esses ratos amadureceram se mostraram mais agitados que os ratos normais postos em um terreno aberto, tiveram problemas para encontrar comidas escondidas, e não nadaram tanto tempo como os ratos comuns.
Tais condutas refletem a hiperatividade, os defeitos do olfato e a apatia que se observam nos pacientes humanos com esquizofrenia.
Os exames com imagem por ressonância magnética revelaram, além disso, os defeitos característicos da estrutura cerebral, incluindo os ventrículos laterais aumentados, uma região que circula o fluido espinhal e ajuda a proteger contra o trauma físico.
Os defeitos destes ratos não foram tão graves como os que são vistos tipicamente nas pessoas com esquizofrenia, explicou Sawa, e isso se deveu a que se requer mais de um gene para iniciar a doença clínica.
"No entanto, este modelo com ratos nos ajudará a encher muitos vazios na pesquisa sobre a esquizofrenia", acrescentou.


quarta-feira, 31 de março de 2010

Gene da esquizofrenia pode reduzir o risco de cancro


Os portadores de uma variante específica de um gene que os torna mais propensos a desenvolver esquizofrenia apresentam, em simultâneo, uma maior protecção contra alguns tipos de cancro, avança um estudo do Feinstein Institute for Medical Research, dos EUA, publicado no “American Journal of Psychiatry”.

Os cientistas avaliaram 21 polimorfismos de nucleotídico simples, ou seja variações que ocorrem na sequência do DNA, no gene MET em 173 doentes com esquizofrenia e 137 pessoas saudáveis. Da análise genética, os investigadores verificaram que as diversas variantes do gene MET, que estão activadas em diversos tipos de tumores, influenciam o risco de esquizofrenia assim como a capacidade cognitiva em geral.

Contudo, os cientistas não conseguiram ainda perceber por que razão o gene aumenta o risco de esquizofrenia enquanto reduz a propensão para desenvolver alguns tipos de cancro, mas apoiam-se em estudos que já tinham relacionado o autismo com estes genes.

“Apesar do aumento da exposição aos factores de risco para o cancro, vários estudos têm demonstrado uma menor incidência de cancro em pacientes com esquizofrenia em comparação com a população em geral”, ressaltaram os autores na revista científica. “Menores taxas de cancro em parentes de primeiro grau de pacientes com esquizofrenia sugerem que a relação inversa entre cancro e esquizofrenia pode estar relacionada com factores genéticos”, acrescentaram.


Fonte: http://portal.alert-online.com/noticias_de_saude/?key=680B3D50093A6A002E42140A321A2A5C0B683E0A760751796F5A73

sexta-feira, 26 de março de 2010

90 por cento dos suícidios escondem doenças mentais


As doenças mentais, sobretudo a depressão e a esquizofrenia, o consumo de álcool ou cocaína, tentativa de suicídio prévia, ter mais de 60 anos, estar isolado socialmente ou ter uma vida com stress são alguns factores de risco para alguém terminar com a própria vida.


“Mais de 90 por cento das pessoas que o cometem sofrem de uma doença mental, mas também a maioria das pessoas que tenta o suicídio padece deste tipo de distúrbios”, explicou ao El Mundo Enrique Baca, chefe do Serviço de Psiquiatria do Hospital da Fundação Jiménez Díaz em Madrid e professor do departamento de Psiquiatria da Universidade de Columbia em Nova Iorque.


Esta é a principal causa de morte não-natural em Portugal, como noticiado no início da semana, e um dos objectivos prioritários da política sanitária na União Europeia.


Segundo o Instituto Nacional de Estatística, registaram-se 1035 suicídios em 2008. Nos anos 90 notou-se um decréscimo do número de suicídios (519 em 2000 – o valor mais baixo registado desde 1960) mas hoje são o dobro.


Os homens suicidam-se mais do que as mulheres, e preferem métodos mais violentos do que elas, como o enforcamento ou armas de fogo contra intoxicação medicamentosa.


segunda-feira, 15 de março de 2010

O nosso vídeo

Aqui está um vídeo feito por nós acerca da esquizofrenia, os seus sintomas e causas e algumas formas de agir em sociedade com estes doentes!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Anemia na grávida aumenta risco de esquizofrenia no filho


Os filhos de mulheres que têm anemia não tratada durante a gravidez, sobretudo por deficiência de ferro, apresentam um aumento significativo do risco de desenvolvimento de esquizofrenia, revela um estudo do Hospital Universitário de Copenhaga, na Dinamarca, publicado na revista “Schizophrenia Bulletin”.

Estudos prévios já tinham sugerido uma ligação entre uma insatisfação das necessidades de ferro do cérebro em desenvolvimento e uma maior susceptibilidade fetal em relação a perturbações mentais, tais como a esquizofrenia. Para investigar esta suposta relação, a equipa liderada por Holger Srensen examinou a evolução psiquiátrica de um grande grupo de crianças nascidas na Dinamarca entre 1978 e 1998, na maior amostra jamais reunida sobre este tema. O estudo decorreu até 31 de Dezembro de 2008.
As crianças foram acompanhadas desde os 10 anos até ao aparecimento da doença. Entre os 1.115.752 bebés, 17.940 (1,6%) estiveram expostos a anemia materna no útero e 3.422 (incluindo 41 do grupo exposto) desenvolveram esquizofrenia.

Depois de analisarem outros factores, tais como a idade dos pais e os antecedentes familiares da doença, a exposição à anemia materna foi associada a uma probabilidade 60% superior de desenvolvimento de esquizofrenia na criança.

Apesar de a relação entre a anemia da mãe e a esquizofrenia do filho não ser definitiva, os cientistas advertem que a prevenção e o tratamento desta condição na grávida são importantíssimos e alertam os especialistas para que despistem esta situação na mulher.



quarta-feira, 3 de março de 2010

Esquizofrenia refratária (ou resistente): Quando o remédio não resolve, o que fazer?


Apesar do inegável avanço do arsenal farmacológico para o tratamento da esquizofrenia, com medicamentos cada vez mais eficazes e melhor tolerados, estimativas indicam que um a dois pacientes em cada dez que se tratam não melhoram com a medicação. Este percentual pode aumentar se considerarmos aqueles que respondem parcialmente ao medicamento, mantendo, ainda assim, um nível significativo de sintomas que impactam sobremaneira a sua qualidade de vida.
A falta de resposta aos medicamentos pode estar associada a outros fatores, como a não adesão ao tratamento, com tomadas irregulares da medicação e interrupções frequentes, dosagens insuficientes ou excessivas, gerando baixa eficácia ou muitos efeitos colaterais, abuso de drogas e álcool, estresse crônico em decorrência de fatores sociais e familiares e gravidade da própria doença.
A esquizofrenia refratária (ou resistente) pode ser identificada quando, apesar do tratamento adequado, o paciente mantém sintomas agudos da doença, como delírios e alucinações, alterações graves do comportamento, desorganização mental marcante e isolamento social e emocional progressivos. A sensação que familiares têm nessa hora é que o tratamento não está funcionando ou mesmo que está trazendo mais malefícios do que benefícios em decorrência dos efeitos colaterais. A sensação de sobrecarga nestes casos aumenta muito, pois a família perde a esperança por não ver uma luz no fim do túnel.
A medicação indicada para os casos resistentes é a clozapina, fabricado pelo laboratório suiço Novartis. Os benefícios da clozapina são evidentes na maior parte dos casos refratários e não se justifica que ela seja relegada em função de um risco baixo. Muitos pacientes, que antes não tinham alívio para seus sintomas e que, em função disso, não conseguiam levar uma vida estável e produtiva, encontraram na medicação uma nova esperança em sua caminhada.

Fumar pode piorar esquizofrenia


Pacientes com esquizofrenia têm pior prognóstico se forem fumadores, segundo um estudo recentemente publicado na revista científica Comprehensive Psychiatry. De acordo com os autores, fumadores regulares têm piores resultados em termos de escalas de depressão e transtorno bipolar, comparados com os não fumadores, e também são mais propensos a ficarem mais tempo internados num hospital.
Avaliando 240 pacientes psiquiátricos na Austrália, os investigadores confirmaram que as pessoas com esquizofrenia têm taxas muito maiores de tabagismo do que a população geral - 51% contra 23%, respectivamente -, e o hábito de fumar estava associado à pior qualidade de vida geral entre esses pacientes. «Os resultados são mais uma razão para encorajar a cessação do tabagismo entre as pessoas com doenças mentais», escreveram os autores.
Os especialistas destacam que há muitos possíveis mecanismos pelos quais o tabagismo poderia ter efeitos adversos nos resultados da esquizofrenia. Através de acções sobre os receptores de nicotina, o tabagismo poderia agravar o ciclo bipolar, causando mais sintomas episódicos e aumentando a frequência das mudanças de humor.
Além disso, o hábito de fumar pode interferir na eficácia e metabolismo dos medicamentos psicotrópicos.

Porém, segundo os autores, é mais provável que a relação entre transtorno bipolar e o tabaco seja uma interacção de mão dupla, com os pacientes a fumar para compensar alguns dos efeitos da doença.
«Há evidências suficientes para sugerir que o tabagismo deveria ser de preocupação de médicos que tratam de pacientes com esquizofrenia», concluíram os autores, acrescentando que os pacientes podem ser motivados a largar o vício se forem informados sobre os riscos extras que o cigarro representa para o seu problema de saúde.


segunda-feira, 1 de março de 2010

Pacientes esquizofrénicos podem ter menor satisfação sexual


De acordo com levantamento publicado no periódico The European Journal of Psychiatry, pacientes esquizofrénicos, quando comparados com indivíduos saudáveis, são mais suscetíveis a emoções negativas, apresentam maior incompetência sexual e consideravelmente menos satisfação sexual. O trabalho é da autoria de Marija Vucic Peitl, psiquiatra clínica do Centro Hospitalar Clínico de Rijeka, na Croácia, e colegas, e foi disponibilizado na edição de 2009.
Segundo os autores, para colheita de dados, foi feita pesquisa com 200 pacientes esquizofrênicos na fase estável da doença, tratados na clínica psiquiátrica do KBC Rijeka, em um período de dois anos. Os pesquisadores explicam que 100 dos pacientes tiveram um episódio de esquizofrenia aguda, e outros 100 eram pacientes com a forma crônica do quadro. A pesquisa consistiu em questionários referentes à percepção dos estudados sobre sua sexualidade e outros quesitos, sendo que o conteúdo foi informado previamente aos pacientes, que puderam optar por participar ou não do estudo.
Entre os resultados do levantamento, Marija e colegas revelam que indivíduos esquizofrênicos atingiram escores consideravelmente maiores no quesito das emoções negativas e na incompetência sexual, quando comparados com os pacientes saudáveis, assim como níveis menores de satisfação sexual. No entanto, não foram encontradas diferenças significativas entre os portadores da esquizofrenia crónica e os que sofreram com a forma aguda do problema.
Apesar disso, os especialistas relatam que "no nível consciente da organização da libido, em pacientes esquizofrênicos, a consciência da própria sexualidade é preservada, assim como o ímpeto para a atividade e aventuras sexuais". No entanto, segundo eles, o desempenho e a satisfação podem ser prejudicados por elementos como a baixa auto-estima e por problemas no relacionamento.


domingo, 28 de fevereiro de 2010

Esquizofrénicos em risco de morte devido a antipsicóticos


Embora os antipsicóticos sejam utilizados para tratar a maioria dos casos de esquizofrenia, foi observada “uma surpreendente falta de investigação sobre o impacto destes medicamentos na esperança de vida”, escreve o site Tribuna Médica Press. Uma meta-análise, realizada pelos investigadores alemães Stefan Weinmann e Volkmar Aderhold, e publicada na revista Psychosis: Psychological, Social and Integrative Approaches, permitiu concluir que “os efeitos secundários que, a curto prazo, afectam o coração, e os efeitos adversos que, a longo prazo, alteram o metabolismo, exercem uma influência negativa na mortalidade em pessoas diagnosticadas com esquizofrenia”, explicam os autores.
“Três dos quatro trabalhos analisados, dedicados ao estudo da relação entre a dosagem de antipsicóticos e o índice de mortalidade, demonstraram uma associação significativa referente a dois ou mais medicamentos desta classe. Duas de quatro investigações detectaram efeitos adversos que afectavam a esperança de vida”, acrescentam os cientistas.
Os especialistas concluíram ainda que esta classe de medicamentos “acelera a redução da massa cinzenta no córtex órbito-frontal, que pode estar ainda dependente da concentração das doses. Também o tipo de antipsicótico e a duração do tratamento influenciam o índice de redução da massa cinzenta”, explicam.
Com base nestas evidências, Stefan Weinmann e Volkmar Aderhold deixam uma recomendação: “Os antipsicóticos devem ser usados de forma selectiva, por períodos mais curtos e em doses reduzidas. A terapêutica deverá ser acompanhada por intervenções psicossociais, cuja eficácia há muito que já foi provada”.

Fontes: http://www.rcmpharma.com/news/6923/51/Esquizofrenicos-em-risco-de-morte-devido-a-antipsicoticos.html

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Centro cerebral da esquizofrenia localizado pela primeira vez


Uma equipa de investigadores, da Unidade de Psicose e Investigação de Benito Menni CASM – integrada na rede de Centros de Investigación Biomédica en Salud Mental (CIBERSAM), em Espanha –, identificou, pela primeira vez, alterações estruturais e funcionais no córtex cerebral frontal que podem estar na origem da esquizofrenia, segundo avançou o diário espanhol «El Mundo». O estudo foi publicado na «Molecular Psychiatry».

A investigação foi levada a cabo por Edith Pomarol-Clotet, que já tem uma larga experiência na área e comparou o cérebro de 32 pacientes que sofrem de esquizofrenia com o de outras tantas pessoas saudáveis, usando técnicas de ressonância diferentes: uma, mede o volume de massa cinzenta do cérebro; a segunda, analisa as ligações da substância branca e, a última, regista padrões de actividade em várias zonas do cérebro enquanto os voluntários realizam testes cognitivos.

As três técnicas identificaram anomalias na mesma parte do cérebro (córtex frontal médio) nos esquizofrénicos. A zona está integrada na chamada Default Mode Network (uma rede neural por defeito), que desempenha um importante papel no desenvolvimento de pensamentos quando não estamos ocupados com nenhuma tarefa concreta.



Origem da doença próxima da descoberta


O córtex frontal médio já tinha sido relacionado com psicopatologias ligadas à esquizofrenia em estudos anteriores, mas é a primeira vez que três técnicas apontam para a mesma zona cerebral como sendo origem desta doença mental.Peter McKenna, investigador principal do CIBERSAM e um dos autores do artigo, explicou em entrevista ao jornal espanhol que “os resultados são muito importantes” e agora os especialistas podem “centrar esforços nesta área de investigação” e estarem “muito próximos de encontrarem as causas da patologia”.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Óleo de peixe pode prevenir esquizofrenia


Uma nova pesquisa aponta que uma cápsula diária de suplemento de óleo de peixe pode evitar o desenvolvimento de doenças mentais em pacientes com alta predisposição a distúrbios psicóticos. De acordo com um estudo publicado nesta terça-feira no jornal especializado Archives of General Psychiatry, um tratamento de três meses com suplementos de óleo de peixe se provou tão eficaz como as drogas tradicionais, reduzindo em até 25% os índices de esquizofrenia.



Para a pesquisa, uma equipa de cientistas austríacos, suíços e australianos testou o tratamento em 81 pessoas que apresentavam alta predisposição a doenças psicóticas devido a históricos familiares de esquizofrenia ou distúrbios semelhantes. Durante 12 semanas, metade dos voluntários tomou suplementos de óleo de peixe, enquanto ao outro grupo foram administradas cápsulas de placebo.
Após um ano de acompanhamento, os cientistas detectaram que apenas dois pacientes do grupo do óleo de peixe desenvolveram distúrbios psicóticos, comparado com onze no grupo do placebo. Baseados nos resultados, os pesquisadores estimaram que um em cada quatro pacientes de alto risco pode ser protegido com a ajuda do óleo.
Segundo os coordenadores da pesquisa, é o ómega 3 presente no suplemento que altera sinais específicos no cérebro, proporcionando efeitos benéficos. A solução "natural" é bem-vinda, dizem os especialistas. "Descobrir um tratamento com um substância natural que previne, ou pelo menos retarda, o desenvolvimento de doenças psicóticas nos dá esperanças de que existam alternativas para as drogas tradicionais", afirma o estudo.

As drogas usadas tradicionalmente no combate a doenças psicóticas são tidas como eficazes, mas apresentam sérios efeitos colaterais, como a apatia. Os suplementos de oléo de peixe, por outro lado, geralmente são facilmente tolerados pelo organismo, afirmam os cientistas.


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Testemunhos de doentes esquizofrenicos


Aqui estão alguns exemplos da ignorância da nossa sociedade em relação aos doentes esquizofrenicos. São apenas três casos de discriminação, tema que pretendemos abulir com o nosso projecto.

Não ignores, ajuda!


"Numa noite uns polícias fizeram-me sinal de paragem numa operação stop. Estava escuro, as luzes piscavam, eu estava apavorada e a tremer. Quando o polícia se aproximou do meu carro, eu estava com tanto medo que não conseguia falar! Ele acusou-me de não cooperar com a polícia. Eu disse que tinha esquizofrenia, ao que ele respondeu: ‘O que é que uma coisa tem a ver com outra?”

Elizabeth Anderson, professora, vocalista, diagnosticada com esquizofrenia há 3 anos


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"Eu estava grávida quando me foi diagnosticada esquizofrenia. Os pais dos meus amigos perguntaram-me: 'Quando é que vai abortar?' "

Michelle Miserelli, diagnosticada com esquizofrenia em 1988, oradora da Sociedade de Esquizofrenia do Canadá


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“Após o almoço, fui ao café, infelizmente tive uma crise. Não me lembro bem do que aconteceu…mas também não preciso, pois depois disso voltei uma vez a esse mesmo café e foram muitos aqueles que imitaram tudo o que aconteceu naquela tarde.”

Daniel Faria, 23 anos, estudante, diagnosticado esquizofrenia desde os 16 anos

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Van Gogh, um Esquizofrenico


Vincent Willem van Gogh nasceu em 30 de março de 1853 em Zundert, na Holanda. Sua vida é marcada por fracassos. Incapaz de constituir família, de custear a própria subsistência e de manter contatos sociais, van Gogh foi reconhecido como pintor pós-impressionista, pioneiro na ligação das tendências impressionistas com as aspirações modernistas, somente após sua morte. Suas obras foram valorizadas a partir de 1901, quando foram exibidas 71 de suas telas em Paris.
Vincent era uma criança séria, quieta e introspectiva. Desenvolveu através dos anos uma grande amizade e forte ligação com seu irmão mais novo, Theo. A vasta correspondência entre Theo e Vincent foi preservada e publicada em 1914 (Cartas a Theo), trazendo a público inúmeros detalhes da vida privada do pintor, bem como de sua personalidade. É através destas cartas que se sabe que foi Theo quem suportou financeiramente o irmão durante a maior parte da sua vida.
Vincent tinha sérios distúrbios de humor. Aos 35 anos, após uma tentativa de agressão com uma navalha a Paul Gauguin, de quem era amigo, cortou um pedaço de sua prórpia orelha direita, embrulhou em um lenço e levou, como presente, a uma prostituta amiga. Retornou à sua casa para dormir como se nada acontecera. A polícia foi avisada e encontrou-o sem sentidos e ensangüentado, levando-o ao hospital da cidade.
Após 14 dias no hospital, van Gogh pinta o Auto-Retrato com a Orelha Cortada (foto). Quatro semanas depois, ele apresenta sintomas de paranóia e imagina que querem envenená-lo. Os cidadãos de Arles, onde morava, solicitam seu internamento definitivo e van Gogh passa a viver no hospital de Arles como paciente e preso.
Aos 36 anos, pediu para ser internado no hospital psiquiátrico em Saint-Paul-de-Mausole, perto de Saint-Rémy-de-Provence, na Provença. Um ano depois, deixou a clínica e mudou-se para perto de Paris, onde podia estar mais perto do seu irmão e frequentar as consultas do doutor Paul Gachet, um especialista habituado a lidar com artistas. Gachet não conseguiu melhorias no estado de Vincent.
A depressão se agravava e em 27 de Julho de 1890, depois de semanas de intensa atividade criativa (nesta época Van Gogh pintava, em média, um quadro por dia), Van Gogh foi ao campo e disparou um tiro contra o peito. Arrastou-se de volta à pensão onde se instalara e morreu, dois dias depois, nos braços de Theo. As suas últimas palavras, dirigidas a Theo, teriam sido: "La tristesse durera toujours" ("A tristeza durará para sempre").
Na ocasião, o diagnóstico de van Gogh mencionava perturbações epiléticas. As crises ocorriam de tempos em tempos, precedidas por sonolência e em seguida apatia. Tinham a média de duração de duas a quatro semanas, período no qual van Gogh não conseguia pintar. Nestas crises predonimavam a violência e as alucinações. No entanto, van Gogh tinha consciência de sua doença e lhe era repulsivo viver com os demais doentes mentais da instituição.
A doença de van Gogh foi analisada durante os anos posteriores e existem várias teses sobre o diagnóstico. Alguns, como o doutor Dietrich Blumer, em artigo publicado no American Journal of Psychiatry, mantém o diagnóstico de epilepsia do lobo temporal, agravada pelo uso do absinto, que o pintor bebia. O absinto possuía como principal ingrediente uma planta alucinógena de nome Artemisia absinthium e sua graduação alcóolica era de 68%. Conhecido como "fada verde", devido aos efeitos alucinógenos, foi responsabilizado por alucinações, surtos psicóticos e mesmo mortes.
Existem outras hipóteses diagnósticas para van Gogh, dentre elas a esquizofrenia e o transtorno bipolar, sendo o último o diagnóstico mais consensual entre os estudiosos.
Na família de van Gogh existem outros casos de transtorno mental. Seu irmão Théo faleceu de “demência paralítica” causada pela sífilis, mas há relatos de que sofria de depressão e ansiedade ao longo da vida. Sua irmã, Wilhelmina, era esquizofrênica e viveu por 40 anos em um manicômio. O irmão Cornelius também cometeu suicídio, aos 33 anos.

Fonte: http://www.entendendoaesquizofrenia.com.br/conteudo.php?get_id=198

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Matemático John Nash, um caso de esquizofrenia


John Nash é um matemático brilhante, que trabalhou em teorias inovadoras e que inspirou o filme “Uma mente brilhante” com Russel Crowe, acerca da esquizofrenia.

Desde jovem, era interessado por ciência e conduzia experiências no seu quarto. Mais tarde, formou-se em engenharia química e em matemática. Em 1959, começou a mostrar sinais de paranóia e no mesmo ano foi-lhe diagnosticada esquizofrenia. Depois do tratamento, foi internado novamente, de forma voluntária e sofreu terapia de choque durante nove anos.

No final desse período ele começou a recuperar e os seus trabalhos ficaram cada vez mais brilhantes.

Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Forbes_Nash

http://www.youtube.com/watch?v=vPTdNJexVCk

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Esquizofrenia: Droga antipsicótica previne perda cerebral


Um novo estudo com imagens cerebrais de pacientes recém-diagnosticados com esquizofrenia mostrou, pela primeira fez, que a perda da massa cinzenta, típica nos pacientes, pode ser prevenida com a droga antipsicótica olanzapine, mas não com o haloperidol, uma droga convencional e mais antiga. O estudo, publicado hoje, também confirma estudo prévios que mostram que pacientes com menor perda cerebral também ficam melhor clinicamente.

Segundo Jeffrey Lieberman, M.D., diretor do New York State Psychiatric Institute e chefe da Psiquiatria na Columbia University Medical Center, "as drogas disponíveis para esquizofrenia não podem curar as pessoas que estão com esquizofrenia há muitos anos, mas este estudo mostra que as drogas mais modernas, se ministradas no início, podem prevenir a progressão da doença. Se nossas descobertas forem confirmadas, poderemos afirmar que os novos pacientes devem ser tratados com drogas atípicas como olanzapine ao invés de medicações convencionais e mais antigas como haloperidol e clorpromazina".

A massa cinzenta contém a maior parte das células cerebrais e os bilhões de conexões entre as células. A perda da massa cinzenta nos pacientes com esquizofrenia tem sido associada com retraimento social e deterioração progressiva na cognição e emoção - que estão entre os sintomas que menos respondem a medicações.

Para verificar se as drogas antipsicóticas podiam retardar as mudanças cerebrais inicias em novos pacientes, Dr. Lieberman e colegas, em 14 locais da América do Norte e Europa, mediram o volume cerebral e mudanças cognitivas em 263 pacientes com os primeiros episódios de esquizofrenia e 58 voluntários sem esquizofrenia, durante um período de 2 anos. Metade dos pacientes que recebeu o antipsicótico atípico olanzapine e a outra metade recebeu o antipsicótico convencional haloperidol.

O estudo descobriu que, em média, os pacientes tratados com haloperidol perderam cerca de 2% de sua massa cinzenta, ou cerca de 12 cm3. Nenhuma mudança foi detectada nos pacientes tratados com olanzapine e os voluntários normais. Os pacientes que perderam massa cinzenta, particularmente no lobo frontal do cérebro, também tiveram mais problemas com a cognição, medidos por testes de fluência verbal, aprendizado verbal e memória.

A esquizofrenia é uma doença que causa a piora e deterioração progressiva das funções, mas somente nos últimos 10 anos é que os pesquisadores descobriram que os cérebros de esquizofrênicos também se deterioram progressivamente.

"As pessoas costumavam achar que a deterioração era inevitável mas agora achamos que se você pode prevenir episódios agudos de psicose na esquizofrenia, você pode efetivamente interromper a perda de massa cinzenta", diz Dr. Lieberman. "Também nos dá a esperança que seremos capazes de completamente prevenir a doença no futuro, intervindo antes que a psicose se inicie", acrescenta Dr. Lieberman. "Em 3 a 5 anos, nós devemos dispor de maneiras para identificar adolescentes que se tornarão esquizofrênicos e poderemos testar tratamentos preventivos".

Fonte:http://emedix.uol.com.br/not/not2005/05abr04psi-agp-ssn-esquizofrenia.php

Esquizofrenia pode manifestar-se dez vezes mais em usuários de drogas




Segundo especialistas, os jovens que fazem uso de drogas, como a maconha, têm dez vezes mais chances de desenvolver a doença. Os surtos mais agudos da doença, de acordo com os especialistas, estão associados ao estresse muito grande (como é o caso apresentado na novela) e ao uso de substâncias químicas que geram estresse dentro do cérebro, como, por exemplo, drogas que causam dependência, em especial a cocaína, maconha e anfetamina.

“A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica endógena que se caracteriza pela perda do contato com a realidade. Pessoas com esquizofrenia podem escutar vozes e acreditar que outros estão lendo e controlando seus pensamentos ou conspirando para prejudicá-las”, esclarece a farmacêutica e tutora do Portal da Educaçao Jeana Mara Escher de Souza.

O cérebro esquizofrênico sofre uma alteração química. Os neurônios liberam grande quantidade de uma substância chamada dopamina e a pessoa começa a ter alucinações, como ouvir vozes. A ciência provou que, quando o paciente declara ouvir vozes, ele realmente ouve. Durante os surtos, áreas cerebrais ligadas à audição são ativadas.

Hoje, no Brasil, aproximadamente 1,5 milhão de pessoas têm esquizofrenia. Além dos delírios e alucinações, os esquizofrênicos começam a apresentar um retraimento social, evitando contato com seus amigos ou familiares.

Fonte:http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/noticias/38527/esquizofrenia-pode-manifestar-se-dez-vezes-mais-em-usuarios-de-drogas