Uma equipa de investigadores, da Unidade de Psicose e Investigação de Benito Menni CASM – integrada na rede de Centros de Investigación Biomédica en Salud Mental (CIBERSAM), em Espanha –, identificou, pela primeira vez, alterações estruturais e funcionais no córtex cerebral frontal que podem estar na origem da esquizofrenia, segundo avançou o diário espanhol «El Mundo». O estudo foi publicado na «Molecular Psychiatry».
A investigação foi levada a cabo por Edith Pomarol-Clotet, que já tem uma larga experiência na área e comparou o cérebro de 32 pacientes que sofrem de esquizofrenia com o de outras tantas pessoas saudáveis, usando técnicas de ressonância diferentes: uma, mede o volume de massa cinzenta do cérebro; a segunda, analisa as ligações da substância branca e, a última, regista padrões de actividade em várias zonas do cérebro enquanto os voluntários realizam testes cognitivos.
As três técnicas identificaram anomalias na mesma parte do cérebro (córtex frontal médio) nos esquizofrénicos. A zona está integrada na chamada Default Mode Network (uma rede neural por defeito), que desempenha um importante papel no desenvolvimento de pensamentos quando não estamos ocupados com nenhuma tarefa concreta.
Origem da doença próxima da descoberta
O córtex frontal médio já tinha sido relacionado com psicopatologias ligadas à esquizofrenia em estudos anteriores, mas é a primeira vez que três técnicas apontam para a mesma zona cerebral como sendo origem desta doença mental.Peter McKenna, investigador principal do CIBERSAM e um dos autores do artigo, explicou em entrevista ao jornal espanhol que “os resultados são muito importantes” e agora os especialistas podem “centrar esforços nesta área de investigação” e estarem “muito próximos de encontrarem as causas da patologia”.
muito bom
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