sábado, 15 de maio de 2010

Fenciclidina usada em estudo para tratamento da Esquizofrenia


Uma experiência efectuada com a substância fenciclidina pode abrir novas vias de tratamento para a Esquizofrenia, dado que a doença apresenta os mesmos sintomas que os provocados por esta substância química.

O artigo foi publicado na revista "Proceedings of National Academy of Sciences" (PNAS).
A pesquisa, realizada pelo Instituto de Pesquisas Biomédicas de Barcelona, descreve os efeitos da fenciclidina no cérebro de animais e as maneiras de anulá-los mediante o uso de fármacos antipsicóticos.

A fenciclidina anula quase completamente as ondas de baixa frequência que sincronizam os circuitos neuronais, dando lugar a uma desorganização da actividade normal do cérebro.

Após a administração da fenciclidina, os cientistas observaram como se originam as alucinações e as alterações cognitivas e como se revertem esses efeitos através da administração dos antipsicóticos haloperidol e clozapina.

O estudo demonstra ainda que a fenciclidina actua sobre o córtex pré-frontal, uma parte do cérebro que tem um papel importante nos processos cognitivos, de percepção e de planeamento do comportamento.

As alterações nos neurónios piramidais e no funcionamento normal do córtex pré-frontal produzidas pela fenciclidina poderiam explicar os mecanismos da Esquizofrenia e abrir caminho para sua cura total.

FONTE:http://portal.alert-online.com/noticias_de_saude/?key=680B3D50093A6A002E42140A321A2A5C0B683E0A7607527A645A72

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Cientistas produzem rato esquizofrénico para estudo



Uma equipe de pesquisadores alterou geneticamente ratos de laboratório que desenvolveram esquizofrenia para que os cientistas estudem melhor esse mal que afeta quase 1% dos humanos, segundo um artigo publicado hoje.
Akira Sawa e seus colaboradores na Escola de Medicina da Universidade John Hopkins, em Baltimore (Maryland), aproveitaram a descoberta feita há poucos anos que um gene, chamado de DISC1, aumenta substancialmente o risco do transtorno mental sofrido por mais de 2 milhões de pessoas nos Estados Unidos.
Ao contrário dos estudos feitos anteriormente com animais, e que usaram drogas para simular as manifestações da esquizofrenia, como as alucinações, mudanças de estado de ânimo e paranóia, estes ratos tiveram uma mudança genética relevante para o transtorno.
Sawa e seus colegas trabalharam sabendo que o gene, cuja sigla corresponde às palavras em inglês para "transtornado em esquizofrenia", fabrica uma proteína que ajuda as células nervosas assumirem sua posição apropriada no cérebro.
O cientista é professor de psiquiatria e neurologia e diretor do programa de psiquiatria molecular.
O artigo publicado pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences, explica que os pesquisadores geraram ratos que fabricam uma forma incompleta e curta da proteína DISC1, além disso, do tipo regular.
A forma abreviada da proteína adere à completa, e modifica seu funcionamento normal.
Quando esses ratos amadureceram se mostraram mais agitados que os ratos normais postos em um terreno aberto, tiveram problemas para encontrar comidas escondidas, e não nadaram tanto tempo como os ratos comuns.
Tais condutas refletem a hiperatividade, os defeitos do olfato e a apatia que se observam nos pacientes humanos com esquizofrenia.
Os exames com imagem por ressonância magnética revelaram, além disso, os defeitos característicos da estrutura cerebral, incluindo os ventrículos laterais aumentados, uma região que circula o fluido espinhal e ajuda a proteger contra o trauma físico.
Os defeitos destes ratos não foram tão graves como os que são vistos tipicamente nas pessoas com esquizofrenia, explicou Sawa, e isso se deveu a que se requer mais de um gene para iniciar a doença clínica.
"No entanto, este modelo com ratos nos ajudará a encher muitos vazios na pesquisa sobre a esquizofrenia", acrescentou.


quarta-feira, 31 de março de 2010

Gene da esquizofrenia pode reduzir o risco de cancro


Os portadores de uma variante específica de um gene que os torna mais propensos a desenvolver esquizofrenia apresentam, em simultâneo, uma maior protecção contra alguns tipos de cancro, avança um estudo do Feinstein Institute for Medical Research, dos EUA, publicado no “American Journal of Psychiatry”.

Os cientistas avaliaram 21 polimorfismos de nucleotídico simples, ou seja variações que ocorrem na sequência do DNA, no gene MET em 173 doentes com esquizofrenia e 137 pessoas saudáveis. Da análise genética, os investigadores verificaram que as diversas variantes do gene MET, que estão activadas em diversos tipos de tumores, influenciam o risco de esquizofrenia assim como a capacidade cognitiva em geral.

Contudo, os cientistas não conseguiram ainda perceber por que razão o gene aumenta o risco de esquizofrenia enquanto reduz a propensão para desenvolver alguns tipos de cancro, mas apoiam-se em estudos que já tinham relacionado o autismo com estes genes.

“Apesar do aumento da exposição aos factores de risco para o cancro, vários estudos têm demonstrado uma menor incidência de cancro em pacientes com esquizofrenia em comparação com a população em geral”, ressaltaram os autores na revista científica. “Menores taxas de cancro em parentes de primeiro grau de pacientes com esquizofrenia sugerem que a relação inversa entre cancro e esquizofrenia pode estar relacionada com factores genéticos”, acrescentaram.


Fonte: http://portal.alert-online.com/noticias_de_saude/?key=680B3D50093A6A002E42140A321A2A5C0B683E0A760751796F5A73

sexta-feira, 26 de março de 2010

90 por cento dos suícidios escondem doenças mentais


As doenças mentais, sobretudo a depressão e a esquizofrenia, o consumo de álcool ou cocaína, tentativa de suicídio prévia, ter mais de 60 anos, estar isolado socialmente ou ter uma vida com stress são alguns factores de risco para alguém terminar com a própria vida.


“Mais de 90 por cento das pessoas que o cometem sofrem de uma doença mental, mas também a maioria das pessoas que tenta o suicídio padece deste tipo de distúrbios”, explicou ao El Mundo Enrique Baca, chefe do Serviço de Psiquiatria do Hospital da Fundação Jiménez Díaz em Madrid e professor do departamento de Psiquiatria da Universidade de Columbia em Nova Iorque.


Esta é a principal causa de morte não-natural em Portugal, como noticiado no início da semana, e um dos objectivos prioritários da política sanitária na União Europeia.


Segundo o Instituto Nacional de Estatística, registaram-se 1035 suicídios em 2008. Nos anos 90 notou-se um decréscimo do número de suicídios (519 em 2000 – o valor mais baixo registado desde 1960) mas hoje são o dobro.


Os homens suicidam-se mais do que as mulheres, e preferem métodos mais violentos do que elas, como o enforcamento ou armas de fogo contra intoxicação medicamentosa.


segunda-feira, 15 de março de 2010

O nosso vídeo

Aqui está um vídeo feito por nós acerca da esquizofrenia, os seus sintomas e causas e algumas formas de agir em sociedade com estes doentes!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Anemia na grávida aumenta risco de esquizofrenia no filho


Os filhos de mulheres que têm anemia não tratada durante a gravidez, sobretudo por deficiência de ferro, apresentam um aumento significativo do risco de desenvolvimento de esquizofrenia, revela um estudo do Hospital Universitário de Copenhaga, na Dinamarca, publicado na revista “Schizophrenia Bulletin”.

Estudos prévios já tinham sugerido uma ligação entre uma insatisfação das necessidades de ferro do cérebro em desenvolvimento e uma maior susceptibilidade fetal em relação a perturbações mentais, tais como a esquizofrenia. Para investigar esta suposta relação, a equipa liderada por Holger Srensen examinou a evolução psiquiátrica de um grande grupo de crianças nascidas na Dinamarca entre 1978 e 1998, na maior amostra jamais reunida sobre este tema. O estudo decorreu até 31 de Dezembro de 2008.
As crianças foram acompanhadas desde os 10 anos até ao aparecimento da doença. Entre os 1.115.752 bebés, 17.940 (1,6%) estiveram expostos a anemia materna no útero e 3.422 (incluindo 41 do grupo exposto) desenvolveram esquizofrenia.

Depois de analisarem outros factores, tais como a idade dos pais e os antecedentes familiares da doença, a exposição à anemia materna foi associada a uma probabilidade 60% superior de desenvolvimento de esquizofrenia na criança.

Apesar de a relação entre a anemia da mãe e a esquizofrenia do filho não ser definitiva, os cientistas advertem que a prevenção e o tratamento desta condição na grávida são importantíssimos e alertam os especialistas para que despistem esta situação na mulher.



quarta-feira, 3 de março de 2010

Esquizofrenia refratária (ou resistente): Quando o remédio não resolve, o que fazer?


Apesar do inegável avanço do arsenal farmacológico para o tratamento da esquizofrenia, com medicamentos cada vez mais eficazes e melhor tolerados, estimativas indicam que um a dois pacientes em cada dez que se tratam não melhoram com a medicação. Este percentual pode aumentar se considerarmos aqueles que respondem parcialmente ao medicamento, mantendo, ainda assim, um nível significativo de sintomas que impactam sobremaneira a sua qualidade de vida.
A falta de resposta aos medicamentos pode estar associada a outros fatores, como a não adesão ao tratamento, com tomadas irregulares da medicação e interrupções frequentes, dosagens insuficientes ou excessivas, gerando baixa eficácia ou muitos efeitos colaterais, abuso de drogas e álcool, estresse crônico em decorrência de fatores sociais e familiares e gravidade da própria doença.
A esquizofrenia refratária (ou resistente) pode ser identificada quando, apesar do tratamento adequado, o paciente mantém sintomas agudos da doença, como delírios e alucinações, alterações graves do comportamento, desorganização mental marcante e isolamento social e emocional progressivos. A sensação que familiares têm nessa hora é que o tratamento não está funcionando ou mesmo que está trazendo mais malefícios do que benefícios em decorrência dos efeitos colaterais. A sensação de sobrecarga nestes casos aumenta muito, pois a família perde a esperança por não ver uma luz no fim do túnel.
A medicação indicada para os casos resistentes é a clozapina, fabricado pelo laboratório suiço Novartis. Os benefícios da clozapina são evidentes na maior parte dos casos refratários e não se justifica que ela seja relegada em função de um risco baixo. Muitos pacientes, que antes não tinham alívio para seus sintomas e que, em função disso, não conseguiam levar uma vida estável e produtiva, encontraram na medicação uma nova esperança em sua caminhada.