sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Van Gogh, um Esquizofrenico


Vincent Willem van Gogh nasceu em 30 de março de 1853 em Zundert, na Holanda. Sua vida é marcada por fracassos. Incapaz de constituir família, de custear a própria subsistência e de manter contatos sociais, van Gogh foi reconhecido como pintor pós-impressionista, pioneiro na ligação das tendências impressionistas com as aspirações modernistas, somente após sua morte. Suas obras foram valorizadas a partir de 1901, quando foram exibidas 71 de suas telas em Paris.
Vincent era uma criança séria, quieta e introspectiva. Desenvolveu através dos anos uma grande amizade e forte ligação com seu irmão mais novo, Theo. A vasta correspondência entre Theo e Vincent foi preservada e publicada em 1914 (Cartas a Theo), trazendo a público inúmeros detalhes da vida privada do pintor, bem como de sua personalidade. É através destas cartas que se sabe que foi Theo quem suportou financeiramente o irmão durante a maior parte da sua vida.
Vincent tinha sérios distúrbios de humor. Aos 35 anos, após uma tentativa de agressão com uma navalha a Paul Gauguin, de quem era amigo, cortou um pedaço de sua prórpia orelha direita, embrulhou em um lenço e levou, como presente, a uma prostituta amiga. Retornou à sua casa para dormir como se nada acontecera. A polícia foi avisada e encontrou-o sem sentidos e ensangüentado, levando-o ao hospital da cidade.
Após 14 dias no hospital, van Gogh pinta o Auto-Retrato com a Orelha Cortada (foto). Quatro semanas depois, ele apresenta sintomas de paranóia e imagina que querem envenená-lo. Os cidadãos de Arles, onde morava, solicitam seu internamento definitivo e van Gogh passa a viver no hospital de Arles como paciente e preso.
Aos 36 anos, pediu para ser internado no hospital psiquiátrico em Saint-Paul-de-Mausole, perto de Saint-Rémy-de-Provence, na Provença. Um ano depois, deixou a clínica e mudou-se para perto de Paris, onde podia estar mais perto do seu irmão e frequentar as consultas do doutor Paul Gachet, um especialista habituado a lidar com artistas. Gachet não conseguiu melhorias no estado de Vincent.
A depressão se agravava e em 27 de Julho de 1890, depois de semanas de intensa atividade criativa (nesta época Van Gogh pintava, em média, um quadro por dia), Van Gogh foi ao campo e disparou um tiro contra o peito. Arrastou-se de volta à pensão onde se instalara e morreu, dois dias depois, nos braços de Theo. As suas últimas palavras, dirigidas a Theo, teriam sido: "La tristesse durera toujours" ("A tristeza durará para sempre").
Na ocasião, o diagnóstico de van Gogh mencionava perturbações epiléticas. As crises ocorriam de tempos em tempos, precedidas por sonolência e em seguida apatia. Tinham a média de duração de duas a quatro semanas, período no qual van Gogh não conseguia pintar. Nestas crises predonimavam a violência e as alucinações. No entanto, van Gogh tinha consciência de sua doença e lhe era repulsivo viver com os demais doentes mentais da instituição.
A doença de van Gogh foi analisada durante os anos posteriores e existem várias teses sobre o diagnóstico. Alguns, como o doutor Dietrich Blumer, em artigo publicado no American Journal of Psychiatry, mantém o diagnóstico de epilepsia do lobo temporal, agravada pelo uso do absinto, que o pintor bebia. O absinto possuía como principal ingrediente uma planta alucinógena de nome Artemisia absinthium e sua graduação alcóolica era de 68%. Conhecido como "fada verde", devido aos efeitos alucinógenos, foi responsabilizado por alucinações, surtos psicóticos e mesmo mortes.
Existem outras hipóteses diagnósticas para van Gogh, dentre elas a esquizofrenia e o transtorno bipolar, sendo o último o diagnóstico mais consensual entre os estudiosos.
Na família de van Gogh existem outros casos de transtorno mental. Seu irmão Théo faleceu de “demência paralítica” causada pela sífilis, mas há relatos de que sofria de depressão e ansiedade ao longo da vida. Sua irmã, Wilhelmina, era esquizofrênica e viveu por 40 anos em um manicômio. O irmão Cornelius também cometeu suicídio, aos 33 anos.

Fonte: http://www.entendendoaesquizofrenia.com.br/conteudo.php?get_id=198

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Matemático John Nash, um caso de esquizofrenia


John Nash é um matemático brilhante, que trabalhou em teorias inovadoras e que inspirou o filme “Uma mente brilhante” com Russel Crowe, acerca da esquizofrenia.

Desde jovem, era interessado por ciência e conduzia experiências no seu quarto. Mais tarde, formou-se em engenharia química e em matemática. Em 1959, começou a mostrar sinais de paranóia e no mesmo ano foi-lhe diagnosticada esquizofrenia. Depois do tratamento, foi internado novamente, de forma voluntária e sofreu terapia de choque durante nove anos.

No final desse período ele começou a recuperar e os seus trabalhos ficaram cada vez mais brilhantes.

Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Forbes_Nash

http://www.youtube.com/watch?v=vPTdNJexVCk

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Esquizofrenia: Droga antipsicótica previne perda cerebral


Um novo estudo com imagens cerebrais de pacientes recém-diagnosticados com esquizofrenia mostrou, pela primeira fez, que a perda da massa cinzenta, típica nos pacientes, pode ser prevenida com a droga antipsicótica olanzapine, mas não com o haloperidol, uma droga convencional e mais antiga. O estudo, publicado hoje, também confirma estudo prévios que mostram que pacientes com menor perda cerebral também ficam melhor clinicamente.

Segundo Jeffrey Lieberman, M.D., diretor do New York State Psychiatric Institute e chefe da Psiquiatria na Columbia University Medical Center, "as drogas disponíveis para esquizofrenia não podem curar as pessoas que estão com esquizofrenia há muitos anos, mas este estudo mostra que as drogas mais modernas, se ministradas no início, podem prevenir a progressão da doença. Se nossas descobertas forem confirmadas, poderemos afirmar que os novos pacientes devem ser tratados com drogas atípicas como olanzapine ao invés de medicações convencionais e mais antigas como haloperidol e clorpromazina".

A massa cinzenta contém a maior parte das células cerebrais e os bilhões de conexões entre as células. A perda da massa cinzenta nos pacientes com esquizofrenia tem sido associada com retraimento social e deterioração progressiva na cognição e emoção - que estão entre os sintomas que menos respondem a medicações.

Para verificar se as drogas antipsicóticas podiam retardar as mudanças cerebrais inicias em novos pacientes, Dr. Lieberman e colegas, em 14 locais da América do Norte e Europa, mediram o volume cerebral e mudanças cognitivas em 263 pacientes com os primeiros episódios de esquizofrenia e 58 voluntários sem esquizofrenia, durante um período de 2 anos. Metade dos pacientes que recebeu o antipsicótico atípico olanzapine e a outra metade recebeu o antipsicótico convencional haloperidol.

O estudo descobriu que, em média, os pacientes tratados com haloperidol perderam cerca de 2% de sua massa cinzenta, ou cerca de 12 cm3. Nenhuma mudança foi detectada nos pacientes tratados com olanzapine e os voluntários normais. Os pacientes que perderam massa cinzenta, particularmente no lobo frontal do cérebro, também tiveram mais problemas com a cognição, medidos por testes de fluência verbal, aprendizado verbal e memória.

A esquizofrenia é uma doença que causa a piora e deterioração progressiva das funções, mas somente nos últimos 10 anos é que os pesquisadores descobriram que os cérebros de esquizofrênicos também se deterioram progressivamente.

"As pessoas costumavam achar que a deterioração era inevitável mas agora achamos que se você pode prevenir episódios agudos de psicose na esquizofrenia, você pode efetivamente interromper a perda de massa cinzenta", diz Dr. Lieberman. "Também nos dá a esperança que seremos capazes de completamente prevenir a doença no futuro, intervindo antes que a psicose se inicie", acrescenta Dr. Lieberman. "Em 3 a 5 anos, nós devemos dispor de maneiras para identificar adolescentes que se tornarão esquizofrênicos e poderemos testar tratamentos preventivos".

Fonte:http://emedix.uol.com.br/not/not2005/05abr04psi-agp-ssn-esquizofrenia.php

Esquizofrenia pode manifestar-se dez vezes mais em usuários de drogas




Segundo especialistas, os jovens que fazem uso de drogas, como a maconha, têm dez vezes mais chances de desenvolver a doença. Os surtos mais agudos da doença, de acordo com os especialistas, estão associados ao estresse muito grande (como é o caso apresentado na novela) e ao uso de substâncias químicas que geram estresse dentro do cérebro, como, por exemplo, drogas que causam dependência, em especial a cocaína, maconha e anfetamina.

“A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica endógena que se caracteriza pela perda do contato com a realidade. Pessoas com esquizofrenia podem escutar vozes e acreditar que outros estão lendo e controlando seus pensamentos ou conspirando para prejudicá-las”, esclarece a farmacêutica e tutora do Portal da Educaçao Jeana Mara Escher de Souza.

O cérebro esquizofrênico sofre uma alteração química. Os neurônios liberam grande quantidade de uma substância chamada dopamina e a pessoa começa a ter alucinações, como ouvir vozes. A ciência provou que, quando o paciente declara ouvir vozes, ele realmente ouve. Durante os surtos, áreas cerebrais ligadas à audição são ativadas.

Hoje, no Brasil, aproximadamente 1,5 milhão de pessoas têm esquizofrenia. Além dos delírios e alucinações, os esquizofrênicos começam a apresentar um retraimento social, evitando contato com seus amigos ou familiares.

Fonte:http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/noticias/38527/esquizofrenia-pode-manifestar-se-dez-vezes-mais-em-usuarios-de-drogas