sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O que é a esquizofrenia?


Para começar vamos dar-vos uma breve noção do que é esta doença do foro psiquiátrico.

A esquizofrenia é uma perturbação mental grave manifestada por uma perda de contacto com a realidade, delírios e alteração do contacto social.

Os sintomas da doença podem ser classificados em duas categorias:

Sintomas “Positivos”:

•Delírios (pensamentos irreais, como por exemplo, as ideias de ser perseguido ou vigiado);
•Alucinações (ouvir, ver, saborear, cheirar ou sentir algo irreal, como por exemplo, vozes que mandam fazer alguma coisa);
•Pensamento e discurso desorganizado (elaborar frases sem qualquer sentido ou inventar palavras);
•Agitação, ansiedade, impulsos.

Sintomas “Negativos”:

•Falta de vontade ou de iniciativa;
•Isolamento social;
•Apatia;
•Indiferença emocional;
•Pobreza do pensamento.

Em Portugal, existem cerca de 100 mil doentes esquizofrénicos, ou seja, cerca de um por cento da população nacional. O aparecimento da doença nos indivíduos ocorre normalmente entre os 16 e os 25 anos de idade em ambos os sexos.

Muitas destas pessoas passaram por períodos de depressão, stress ou conflitos antes de entrarem nesta situação o que leva a concluir que estes problemas desencadearam ou agravaram a esquizofrenia.
A doença pode manifestar-se rápida (em escassos dias ou semanas) ou lentamente (em vários meses ou anos). No caso da evolução lenta, a esquizofrenia no grupo dos jovens pode mesmo ser confundida com as chamadas “crises de adolescência” e, por este motivo, frequentemente desvalorizada. Desta forma, o isolamento, a diminuição do rendimento escolar ou as alterações de comportamento são vistas pelos pais e professores como normais e temporárias.

A esquizofrenia, devido às suas características, foi durante muito tempo um sinónimo de exclusão social. No entanto, a partir da segunda metade do séc. XX, os avanços medicinais permitiram um maior conhecimento da doença apontando para novas soluções de tratamento arrastando de forma positiva a qualidade de vida do doente.

Devido à exclusão social e ao desconhecimento dos sintomas da doença, pretendemos alertar a comunidade para uma breve detecção da mesmo e um tratamento correcto e oportuno para evitar os muitos casos de agravamento para estados extremamente débeis ou até mesmo que leve ao suicídio.

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